Vitamina D
A vitamina D refere-se a todas as formas de sua composição, mas as principais são a vitamina D3 (colecalciferol) e a vitamina D2 (ergocalciferol) que são formadas a partir da ação dos raios ultravioletas na pele. Outras formas de vitamina D são encontradas no leite, queijos, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, salmão, atum.
A principal função biológica da vitamina D é manter nível sérico normal do cálcio e do fósforo através da regulação da absorção intestinal.
A suplementação pode ser indicada para a inadequada exposição ao sol (principalmente em pacientes institucionalizados ou em grandes latitudes), inadequada dieta, ou deficiência de vitamina D; recomendada para os lactentes; para o tratamento e prevenção da osteoporose, que neste caso deve ser associada com o cálcio.
Pesquisas indicam que altos níveis da 25-hidroxivitamina D (um dos metabólicos da vitamina D) reduzem a mortalidade em paciente com câncer coloretal ou de mama. A suplementação com a vitamina D também pode reduzir o risco de queda em idosos, mas não melhora a performance física ou a força, nem o bem estar psicológico. Mas em alguns subgrupos de pesquisas a vitamina D ajudou a reduzir os sintomas depressivos.
Em alguns estudos também houve a prevenção de doenças agudas do sistema respiratório. Mas todas estas pesquisas apresentas doses que variam entre 400 a 3000 unidades/dia e pacientes com comorbidades variadas e, assim, fica mais difícil de comprovar e aplicar isso para todas as pessoas. Infelizmente as altas dosagens também não mostraram benefício no tratamento da esclerose múltipla, como se pensava.
Para o tratamento da osteoporose a suplementação da vitamina D com o cálcio já está bem estabelecida. Também esta associação parece reduzir o risco de queda nos idosos. E o uso da vitamina D em pacientes com Doença de Parkinson parece reduzir o risco de fraturas.
É bom lembrar que todas as gestantes devem fazer a suplementação durante toda a gravidez e o lactente deve manter até os 12 meses para evitar a deficiência da vitamina D que leva ao raquitismo.
Este é um assunto extenso e aqui foi apenas abordada uma visão geral, pois pode cada parte ser quase que inesgotavelmente abordada. Assim, percebemos a importância da dieta em nossas vidas e como os alimentos influenciam em nosso metabolismo.
Dr. Diego Cassol Dozza – neurocirurgião