O Psicólogo fará parte de todas as etapas do tratamento auxiliando no entendimento do quadro emocional do paciente e seu grupo de apoio, bem como, esclarecendo e preparando os envolvidos para lidar com as dúvidas, ansiedades, medos, bloqueios e limitações fazem parte do processo.



O acompanhamento começa após a consulta com o Neurocirurgião, entendendo o quadro clínico geral do paciente através do histórico de vida, e das questões emocionais que envolvem a Doença de Parkinson. Assim começamos a preparação para as diversas etapas como avaliação com o Neuropsicólogo, Testes com Neurologista e dependendo da necessidade avaliação com Psiquiatra. Essas etapas são fundamentais mas podem gerar expectativas e as vezes frustrações que a assessoria e fortalecimento vindo das orientações trabalhadas pelo Psicólogo Clínico são muito importantes.



Com certeza, desde a entrada no bloco cirúrgico, apresentação da equipe , apoio e auxilio durante a cirurgia, pois é um dos momentos fundamentais e por isso gera ansiedade e incertezas tanto para o paciente quanto para o grupo de apoio.



Durante o acompanhamento vamos trabalhar os medos relacionados ao processo cirúrgico, através do esclarecimento de cada passo que ocorrerá e técnicas de dessensibilização.



No pós operatório trabalharemos o início de um novo ciclo de vida, o qual também tem seus ajustes, manutenções, controle de ansiedade e aceitação de desafios e limitações.



É de extrema importância, pois vai ajudar a desenvolver a qualidade de vida, a independência nas atividades de vida diária, ressocialização, e principalmente no alívio das dores e melhora nas mobilidades articulares e musculares.



Pré operatório: Primeiramente é realizado uma avaliação cinético-funcional (força e amplitude dos movimentos do corpo), seguidamente é iniciado o tratamento com alongamentos passivos, fortalecimento e técnicas de mobilidade articular e muscular.

Pós operatório: É dado continuidade no tratamento feito no Pré operatório, acrescentando mais inúmeras técnicas de melhora de equilíbrio, coordenação motora, exercício posturais e respiratórios, e treino de motricidade fina e marcha.



O tratamento de fisioterapia na doença de Parkinson, pode ser realizado por qualquer paciente sem contra indicação, pois é um tratamento personalizado, individualizado e estudado pra cada caso em específico, com todo o suporte da nossa equipe multidisciplinar.



A principal dificuldade no tratamento fisioterapêutico do Parkinson é a falta de persistência do paciente, pois é um tratamento a longo prazo, que precisa ser realizado por tempo indeterminado, na maioria dos casos é feito um acompanhamento pelo resto da vida. De acordo com vários estudos, a fisioterapia na doença de Parkinson consegue diminuir consideravelmente a evolução da doença, trazendo inúmeros benefícios e alívio dos sintomas para o paciente. Quando o tratamento é abandonado acontece uma regressão no quadro da doença, com um agravamento dos sintomas, gerando incapacidades funcionais e limitações que podem ser irreversíveis.



Em geral, o procedimento anestésico é dividido em três partes: a indução da anestesia, momento no qual o paciente dorme e entra em ´´plano anestésico``; a manutenção da anestesia, que consiste em todo o período da cirurgia e no qual o anestesiologista garante que o paciente permanecerá dormindo, sem dor e incapaz de se movimentar; e a recuperação da anestesia, que é o período de despertar. Uma vez que a indução e a manutenção da anestesia podem alterar as funções vitais do organismo, como a respiração e pressão arterial, é o médico anestesiologista permanecerá ao seu lado do paciente durante toda a cirurgia, garantido o suporte de vida através de manejos adequados e uso de aparelhos.
A anestesia para a cirurgia do Parkinson será um pouco diferente, pois cada etapa do procedimento requer cuidados anestésicos específicos. A primeira etapa da cirurgia consiste na instalação de um arco de metal ao redor da sua cabeça, e isso será feito com anestesia local. Este arco ajudará o seu cirurgião a localizar as estruturas principais para a abordagem cirúrgica. Em seguida, você será levado para fazer um exame de imagem (tomografia computadorizada). De volta para a sala de cirurgia, serão instalados os monitores de pressão arterial, eletrocardiografia e outros, e será iniciada a sua primeira anestesia, que é chamada de sedação consciente (leia a pergunta número 02). Nesta etapa, o cirurgião irá posicionar os eletrodos que ajudarão a melhorar os seus sintomas, enquanto a Neurologista fará alguns testes clínicos (perguntas fáceis e testes de movimento). Assim que os eletrodos estiverem nos seus lugares, iniciará a terceira etapa da anestesia, que consiste na anestesia geral. Nesta fase final, você ficará dormindo profundamente por todo o tempo, enquanto o cirurgião posiciona a última parte do aparelho (gerador).



Neste tipo de cirurgia, você estará acordado nas duas primeiras etapas: na instalação do arco de metal e no posicionamento dos eletrodos. Principalmente na segunda etapa, é importante que você responda aos testes e às perguntas da Neurologista, para termos certeza que os eletrodos estão nos seus lugares e que os sintomas irão melhorar. Porém, durante esta fase, você estará recebendo remédios para reduzir a sua ansiedade e evitarão a dor. Se você se sentir incomodado ou desconfortável com qualquer coisa, haverá uma equipe de prontidão para lhe atender.



Em todas as cirurgias e anestesias, é normal ficarmos nervosos e ansiosos. Normalmente haverá um grande número de pessoas na sala de cirurgia para auxiliar nos seus cuidados, mas isso pode lhe deixar ansioso. Caso isso aconteça, é importante que você avise o membro da equipe que estará ao seu lado (neurologista, anestesiologista, psicólogo), e poderemos utilizar alguns medicamentos que o ajudarão a sentir-se melhor. É muito importante que você se sinta confortável e seguro durante o procedimento.



Como todo o procedimento amplo e complexo, existe um risco associado e que faz parte de todas as cirurgias e anestesias. Até esse momento, não existem fórmulas suficientemente precisas para determinar o risco anestésico-cirúrgico, mas escores têm sido desenvolvidos e testados na tentativa de solucionar essa defasagem.
O uso de vários medicamentos anestésicos e outros (antibióticos, medicamentos para a dor e para náuseas ou vômitos) pode predispor à intolerâncias ou alergias, e não há como prever estas intercorrências. Por esta razão, o médico anestesiologista estará com equipamentos e medicamentos preparados para tratar rapidamente qualquer evento adverso que possa ocorrer. É importante que você saiba que estarão disponíveis todos os equipamentos de segurança e a equipe estará de prontidão para o atendimento. Afim de reduzir o risco de complicações, é importante que os pacientes mantenham seus acompanhamentos médicos regulares e tenham hábitos de vida saudáveis, além de serem assessorados por médicos de confiança e qualificados.



Você poderá entrar em contato com o SAR - SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA E RECUPERAÇÃO, e agendar uma avaliação pré-anestésica. Nesta conversa, poderemos tirar algumas dúvidas em relação ao jejum, uso de medicamentos para outras doenças crônicas e detalhes da anestesia e da cirurgia. Acesse o site www.sar.med.br para tirar outras dúvidas e agendar a sua avaliação.



Para o planejamento cirúrgico adequado, promovendo a localização específica de estruturas anatômicas encefálicas, fundamentais para o procedimento cirúrgico.



Para a localização do núcleo subtalamico local de pequenas dimensões onde o estimulador cerebral (DBS) precisa estar, garantido segurança e sucesso para o procedimento cirúrgico.



Reação alérgica ao gadolínio, contraste usado na ressonância magnética, sendo muito raro, cerca de 0,01% de reações graves . A ressonância é contraindicada em pacientes com claustrofobia (dificuldade em ficar em local fechado).



O radiologista acompanha o pós operatório para verificação do posicionamento do estimulador cerebral (DBS).



Ter um psiquiatra na equipe é muito importante . Não é incomum a presença de comorbidades (associação de doenças) psiquiátricas com o transtorno de Parkinson, como por exemplo, depressão e ansiedade, que precisam ser tratadas juntamente com a doença neurológica . Para isso, a avaliação de um psiquiatra e tratamento (caso seja necessário) é de fundamental importância para o sucesso da cirurgia, estando em equilíbrio a saúde mental e qualidade de vida após o procedimento.



Caso o psicólogo detecte sintomas psíquicos que possam estar causando sofrimento no paciente, o médico psiquiatra poderá avaliar e tratar com medicamentos adequados para cada caso, buscando a estabilidade de sintomas. Para pacientes que já estão em tratamento psiquiátrico o profissional da psiquiatria também poderá avaliar para liberar ou não o mesmo para o procedimento, visando o melhor resultado/sucesso terapêutico .



Associações de transtornos psiquiátricos que possam interferir no sucesso da cirurgia ou na qualidade de vida do paciente, como por exemplo: ansiedade, depressão, transtornos de humor, distúrbios do sono, dependência química, dentre outros problemas que podem ser tratados.



De várias formas mas, principalmente, avaliando os riscos, os benefícios, a possibilidade de o medo ser exagerado ao ponto de atrapalhar na realização do procedimento ou pos-operatório, enfim, o paciente poderá ser aconselhado e apoiado para sua decisão .



Não. Alguns destes sintomas estão relacionados também com outras condições diferentes do Parkinson. Por isso a importância de ir a um especialista (neurologista) para diagnosticar ou descartar a doença.



Não. Dependendo do paciente e do estágio em que está a doença, alguns podem apresentar uns sintomas e outros não.



O Parkinson antigamente era considerado como uma das doenças degenerativas com pior prognóstico para os pacientes, porém, os avanços na ciência mudaram essa visão.



Ainda não foi encontrado qualquer tratamento médico ou cirúrgico que cura os pacientes diagnosticados com Parkinson.

No entanto, hoje existem muitas opções disponíveis para tratar a doença, desde medicamentos a procedimentos cirúrgicos, que melhoram significativamente a qualidade de vida das pessoas com Parkinson.



O neuropsicólogo irá avaliar o perfil cognitivo ou seja, as funções cognitivas (Memória, Atenção, Funções Executivas, Linguagem e Habilidades Visuoespaciais) do paciente através de uma Avaliação Neuropsicológica que consta de uma bateria de testagens e inventários técnicos, validados e padronizados.



A Avaliação Neuropsicológica irá verificar a elegibilidade do paciente para a cirurgia. Pacientes com indicativos de demência ou com algum tipo de transtorno psiquiátrico severo não tem indicação para a cirurgia.



Como essa avaliação é extremamente importante para a continuidade da cirurgia, qualquer alteração cognitiva importante, deverá ser cancelada a cirurgia. Há casos de Comprometimento Cognitivo Leve, que também devem ser reavaliados antes do procedimento acontecer.



Sim. A equipe irá continuar o acompanhamento e a Avaliação Neuropsicológica será novamente realizada após seis meses da cirurgia a fim de, se comparar os resultados do pré e pós-cirúrgico, para observar se houve mudanças em relação as funções cognitivas mais deficitárias na Doença de Parkinson.



Para o tratamento há várias medicações que são utilizadas juntamente com a levodopa, que é a principal escolha para o controle dos sintomas. As medicações são divididas em drogas dopaminérgicas (levodopa – imita a ação da dopamina), agonistas dopaminérgicos (mimetizam a dopamina), inibidores da MAO-B (ajudam a prevenir a quebra da dopamina no cérebro), anticolinérgicos (relaxam a musculatura, auxiliando no controle do tremor), inibidores da COMT (ligam-se a receptores da dopamina imitando sua ação). Assim, são realizadas várias combinações destes medicamentos para tentar controlar os sintomas. Além das medicações deve ser realizado exercício físico e fonoterapia, que cada vez mais são publicados artigos sobre esse benefício. Para casos selecionados existe a possibilidade de realizar cirurgia com a colocação de um estimulador cerebral profundo.



DBS é a sigla em inglês para estimulação cerebral profunda. Este é um procedimento cirúrgico no qual um eletrodo é implantado no cérebro para realizar estimulação de determinada área. O local de implante irá variar de acordo com a doença do paciente, pois o DBS está indicado para a Doença de Parkinson, tremor essencial, distonias, síndrome de Tourette, transtorno obsessivo-compulsivo, dor crônica, epilepsia e já há estudos avançados com DBS para obesidade mórbida e depressão refratária.



Não, o DBS também trata rigidez e movimento lento ou reduzido, e pode fornecer certo alívio das cãibras nos músculos distônicos e de sintomas não motores, como distúrbios do sono e sintomas urinários.



As principais indicações para a cirurgia são os pacientes com flutuações motoras, discinesias (movimentos lentos), tremor e síndrome da desregulação dopaminérgica. O candidato perfeito para a cirurgia é aquele com menos de 70 anos, com no mínimo quatro anos de doença, que apresentou boa resposta às medicações, sem alteração cognitiva, que apresenta efeito colateral da medicação e que tenha bom entendimento sobre o procedimento



Não. A cirurgia funciona como um “remédio”. Deve estar associada com a medicação, mas, em alguns casos, pode-se tirar todas as medicações e manter o paciente apenas com a estimulação. É importante lembrar que a Doença de Parkinson é degenerativa e progressiva, então, mesmo com DBS, chegará um momento em que será necessário utilizar as medicações novamente. Antes de realizar a cirurgia todas as dúvidas e expectativas devem ser revisadas com o médico.



A terapia DBS amplia o controle dos sintomas motores do Parkinson que você já obtém com o uso da medicação. Aqui estão três fatores importantes para o sucesso da terapia DBS:

▪Boa seleção do candidato
▪Colocação cirúrgica ideal dos eletrodos
▪Bom acompanhamento médico com adequada programação e gerenciamento medicamentoso

Com base em estudos que compararam o DBS à melhor terapia médica (TMO) na avaliação da função motora geral de Parkinson precoce e avançada, o seguinte foi demonstrado em relação à taxa de sucesso do DBS:

85-89%apresentaram melhora em relação a linha de base (antes do DBS)
7-13%não apresentaram mudanças em relação a linha de base (antes do DBS)
2-4%apresentaram piora em relação a linha de base (antes do DBS)



Normalmente, um sistema DBS não é ativado até que um paciente se recupere da cirurgia. Uma vez ativado, os sintomas incômodos podem diminuir. Os melhores resultados são geralmente alcançados após várias sessões de programação com o médico ou profissional que programa o dispositivo.



Quando você estiver pronto para iniciar a conversa sobre a terapia DBS, procure um neurologista especializado no tratamento da distonia. O médico certo entenderá suas necessidades e opções de tratamento e será seu parceiro nesse caminho.Um especialista em distúrbios do movimento é um neurologista com treinamento adicional em distúrbios do movimento, como a distonia. Esses especialistas têm experiência com toda a gama de opções de tratamento. Alguns neurologistas gerais também têm experiência no tratamento da distonia.Se você procura um neurologista geral ou um especialista em distúrbios do movimento, seja honesto sobre seus sintomas e como seu tratamento funciona. Pergunte sobre outras opções que você poderia tentar. E fique à vontade para obter uma segunda opinião.

Algumas perguntas que você pode fazer para o seu médico durante a consulta:

1. Quão problemáticos devem ser meus sintomas antes de considerar a terapia DBS como uma opção de tratamento?
2. Como a terapia DBS se compara com outras opções de tratamento?
3. Se eu esperar, a terapia DBS sempre será uma opção para mim?
4. O que acontece durante a cirurgia de implante?
5. Como a estimulação é ajustada?
6. Com que frequência devo retornar para consultas de acompanhamento?
7.Por quanto tempo a terapia DBS ajudará a aliviar meus sintomas?



A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem degenerativa do sistema nervoso central. Ela é crônica e progressiva, isto é, mantém-se por um longo período de tempo e piora durante este período. A causa da DP ainda não está completamente entendida e apesar de haver casos ligados a fatores hereditários a maioria dos casos são esporádicos, isto é, não tem relação com a presença da doença em outros familiares. Os sintomas ocorrem pela morte dos neurônios produtores de dopamina que é o neurotransmissor responsável pelo nosso movimento mais delicado e com objetivo.



A média de início da DP é em torno dos 60 anos, mas em 5 a 10% dos casos podem começar antes dos 50 anos (chamada de DP de início precoce) ou mais raramente antes dos 20 anos (DP juvenil). Os homens são afetados mais frequentemente que as mulheres.



Os 4 principais sintomas da DP são o tremor, a rigidez, a bradicinesia e a instabilidade postural. Estes são os chamados sintomas motores.

- Tremor: ocorre em repouso e piora com estresse, tem frequência de 4-6 vezes por segundo, chamado de “contar de moedas”. Geralmente inicia por uma das mãos e desaparece durante o

- Rigidez: os músculos permanecem com contratura constante e a pessoa sente-se enrijecida. Ao tentar mover o membro afetado, este parece com o movimento de uma roda-dentada;

- Bradicinesia: os movimentos tornam-se lentos e a mímica fica sem expressão. As atividades simples ficam mais demoradas. a letra pequena (micrografia), ocorre diminuição do balançar dos braços;

- Instabilidade postural: ocorre perda do equilíbrio e podem ocorrer quedas;

Existem também os chamados sintomas não motores como: depressão, alterações emocionais, dificuldade para deglutir, mudança no tom da voz, alteração urinária, constipação, alteração do sono, demência, dor, fadiga e perda de energia. Estes sintomas podem começar até 20 anos antes do aparecimento dos sintomas motores.



Há muitas opções disponíveis para tratar a doença de Parkinson, desde medicamentos a procedimentos cirúrgicos. No entanto, quando se trata de escolher o tratamento ou a terapia mais adequada para lidar com a doença, deve-se consultar um médico e ter em conta que cada paciente é único.

Entre as opções cirúrgicas, destaca-se a Estimulação Cerebral Profunda, uma das terapias mais avançadas para reduzir os sintomas de Parkinson e outras doenças associadas com distúrbios do movimento. Ela representa uma alternativa para alguns pacientes cujos sintomas não podem ser controlados através de medicação.



A distonia pode causar fortes contrações involuntárias dos músculos que obrigam determinadas partes do corpo a fazer movimentos repetitivos e de torção ou a permanecer em posturas dolorosas. Ainda que a distonia não tenha cura, há um certo número de tratamentos disponíveis que oferecem alívio. Os sintomas podem dificultar o trabalho, o seu próprio cuidado e fazer o que você ama. No que diz respeito ao tratamento da distonia, é primeiro testado com medicação. Os medicamentos nem sempre funcionam e podem ter efeitos colaterais insuportáveis, como sonolência, tontura ou náusea.